quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Prevenção das doenças bucais na infância

As Principais causas das doenças bucais na criança são:
1 – Ambiente sócio-psíquico desequilibrado, gerando angústia e ansiedade constante na criança;
2 – Alta frequência do consumo de açúcar e demais carboidratos refinados;
3 – Má higiene bucal.
Dentro de uma estrutura sócio-psíquica saudável existem certos princípios básicos, bons, que todo o ser humano deve seguir, inclusive as crianças (horário para dormir, comer, alimentação equilibrada, hábitos de higiene, etc). Esses bons hábitos englobam a higiene oral. A escovação dos dentes ajuda na prevenção das cáries e doenças gengivais e deve-se inicia-la logo que nasçam os primeiros dentes de leite (principalmente antes de deitar porque durante a noite a produção de saliva é bem reduzida).
Uma quantidade normal de saliva (que é controlada pelo sistema nervoso autônomo) é importante para a proteção e saúde dos dentes e das gengivas. Quando não há salivação, formam-se aftas, as gengivas inflamam-se e cáries dentárias aparecem em grande número. Uma redução acentuada ou total ausência de saliva resulta em boca seca com cárie rampante (cárie de aparecimento súbito, que atinge rapidamente todos os dentes) e é comum em pessoas tensas, nervosas e perturbadas. Num ambiente mais afetivo, a criança entra em contato com o seu sentimento genuíno que é o amor e a salivação torna-se ideal, protegendo melhor os dentes e as gengivas.
Não podemos confundir afeto com mimo, pois este último prejudica (a criança percebe bem a diferença entre um e outro). Dar afeto para a criança seria dar todo suporte psicológico de que ela necessita, isto é, dar-lhe conforto, segurança, tolerância, frustrá-la sempre que preciso em seus desejos neuróticos, conscientizar os erros, ou seja, saber lidar com os problemas que surgem no dia-a-dia, pois só assim é que a criança vive mais na sua própria sanidade e tem um enorme desenvolvimento.
É claro que este papel (educar) é fundamental para os pais, mas os professores também colaboram na formação psico-social da criança. A criança criada num ambiente com muita censura vive numa angústia constante que a faz sofrer muito e, inclusive, adquirir doenças físicas, como, por exemplo, cáries dentárias. Assim, com uma orientação baseada no afeto, a criança viverá mais na ação boa, certa, e formosa, se desenvolvendo bastante e mantendo sua saúde física e mental.
Em termos de alimentação, a criança tem uma grande gama de opções: por exemplo, se ela não gosta muito de frango, pode substituir por ovo, carne, peixe. Se não gosta de cenoura, pode comer abóbora, batata. A maioria das crianças gosta de doces, porém as mais equilibradas nunca deixam de ter refeições normais para apenas comerem guloseimas. O que mais prejudica os dentes é consumir, com muita frequência, entre as refeições: balas, gomas de mascar, chocolates, bolos, biscoitos recheados, refrigerantes, etc.
O consumo de açúcar branco em excesso é um sintoma de desequilíbrio psíquico que conduz à doença. Conforme explica Cláudia Pacheco: As  pessoas que não se alimentam, da beleza, bondade e verdade da vida e dos outros, como não se satisfazem interiormente, acabam por buscar um mecanismo de compensação com doces, balas, sovertes e guloseimas em geral. A problemática da inveja é, portanto, básica e deve ser conscientizada para o equilíbrio psico-físico. No caso da criança, o ambiente sócio-psíquico no qual ela está inserida é fundamental para o seu bem estar, pois ela capta facilmente energias boas ou negativas. Se ela convive num meio familiar carente de afeto e de consciência, ela sofre muito, fica angustiada e procura comer mais guloseimas. O que precisa fica claro é que mesmo sem consumir muito açúcar, a criança que está constantemente ansiosa altera sua salivação aumentando os riscos de doenças bucais.


Os pais e professores conscientes de sua patologia deixam que as crianças se desenvolvam naturalmente, sem tanta interferência negativa – projetando-se nos pequeninos, reprimindo, censurando a visão dos problemas, ensinando-lhes uma atitude de máscara artificial o que acaba por provocar as somatizações (doenças físicas em geral). (PACHECO, apud SGRINHELLI; COELHO, 1998, p. 89 – 90).
A criança já possui em sua estrutura psico-física natural tudo o que necessita para tornar-se um adulto saudável – basta que os que com ela convivem ajudem-na a desenvolver hábitos saudáveis como:
a)     a repressão de desejos neuróticos e destrutivos, mas somente através da conscientização e não da violência e castigos. Por exemplo: o consumir balas e gomas de mascar e a falta de escovação dos dentes fazem parte dessa atitude de prazer em se destruir que está presente,  inconscientemente, em crianças e adultos; e os adultos tem o dever de impedir que a criança use de sua liberdade para se destruir; (p. 90)
b)     o incentivo à ética: a criança só se desenvolve se obedecer a uma ética interior, valorizando a verdade, o agir no bem, a beleza, o respeito a Deus e aos valores universais. Só assim o seu Ser poderá desabrochar integralmente. É muito fácil a criança (ainda não corrompida) adotar uma conduta de valores verdadeiros, belos e bondosos muito melhor do que o adulto (já hipócrita e muito invertido em seus valores existenciais); (p.90)
c)     A tolerância com a visão das dificuldades, erros e problemas, quer sejam os próprios ou dos demais, pois a intransigência gera ansiedade e doença; (p. 90)
d)     Fazer o bem para o próximo e para si mesmo – esta premissa, considerada como ultrapassada, irrealista e utópica é, na verdade, a principal regra para uma boa saúde física, psíquica e social. Infelizmente a sociedade, que é dirigida por adultos neuróticos, obriga a criança a deformar sua estrutura interna natural, invertendo seus valores e vendo no egoísmo, na agressividade e no materialismo (dinheiro, poder, prestígio) os principais valores existenciais. As doenças são, portanto, uma consequência natural dessa inversão. (p. 90)
            O ser humano que é voltado para sua própria pessoa não recebe de volta a bondade, que só existe ao se interessar pelo próximo – não conseguindo desse modo viver o bem, que so existe em uma atitude de retorno ao que realizou. (KEPPE, 81, 2011). O bem é um processo de retorno da conduta boa que se tem, pois se o ser humano só quer cuidar de si mesmo, não constrói a energia que só ele pode desenvolver em seu próprio benefício – posso dizer que essa é a lei denominada do retorno, de que muitos pesquisadores falam. (p. 81). Note o leitor que fazer algo de bom é obrigar-se a deixar de lado o que se tem de ruim – e esse é o motivo de se obter muito conforto para a própria personalidade. (p. 81)
  Vejam os leitores como é complexa a situação, posto que tudo deveria ser desinvertido – os hábitos da nossa sociedade e os nossos valores (dos pais, dos profissionais de saúde, dos educadores etc). (PACHECO, apud SGRINHELLI; COELHO, 1998, p. 90)
Mas muito se consegue fazer diretamente com as crianças, se nos utilizamos destas noções científicas, pois, como elas estão de acordo com a estrutura natural do ser humano, possuem um enorme efeito energético terapêutico.
Temos que convir que a criança segue o adulto mais por telepatia e intuição do que pela palavra. Daí a importância dos professores serem conscientizados sobre o real valor dos nossos dentes naturais e também sobre a nossa inveja e inversão psíquicas que, quando não percebidas, nos leva à destruição dos nossos dentes (e, ainda por cima, sentimos um certo prazer ao estragá-los). Com essa conscientização, os professores terão condições de passar esse conhecimento para os pais dos alunos e também diretamente para os alunos. A tendência das crianças é seguir as ideias e sentimentos dos pais e, em parte, dos professores também.


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